Bolsistas do projeto Investiga Menina! do Câmpus Anápolis
Está em curso, no Câmpus Anápolis do Instituto Federal de Goiás (IFG), o projeto Investiga Menina!, que tem a liderança da Universidade Federal de Goiás (UFG) e parceria com o IFG e a Universidade Federal de Jataí (UFJ). O projeto foi um dos selecionados na chamada pública CNPq/MCTI/MMulheres nº 31/2023 – "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação", cujo objetivo é estimular a participação e a permanência de meninas e mulheres em carreiras nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Confira vídeo sobre o Investiga Menina! no Câmpus Anápolis, clicando aqui.
O projeto contempla a realização de três ciclos, sendo cada um com um ano de duração, começando em 2025. A cada ciclo, é selecionada uma turma de bolsistas de iniciação científica júnior. No Câmpus Anápolis do IFG, as aulas do primeiro ciclo tiveram início no dia 8 de março de 2025 e serão ministradas até fevereiro de 2026, aos sábados, no laboratório de Química. O Investiga Menina! tem atualmente 35 estudantes bolsistas sendo assim divididas: 25 com atuação na UFG; cinco no IFG – Câmpus Anápolis; e cinco na UFJ.
Liderado em Anápolis pela professora Lidiane de Lemos Soares Pereira, o projeto tem a coordenação geral da professora Anna Maria Canavarro Benite, da UFG, e a participação da professora Eveline Borges Vilela Ribeiro, pela UFJ. As bolsistas de iniciação científica júnior que atuam hoje no Câmpus Anápolis são: Emanoelly Paixão, Heloíza Máximo, Keville Costa, Keilyane Cristina e Wemilly Rodrigues. Todas são estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, parceiro do IFG. Pela mesma escola, o projeto conta com a colaboração do professor de Química Rodrigo Alexandre Ferreira, que é bolsista de apoio técnico do Investiga Menina!. Em Anápolis, a estudante de licenciatura em Química Isabelle Lima completa a equipe, atuando como bolsista de iniciação científica do projeto.
PESQUISA COM PLANTAS DE ORIGEM AFRICANA
A professora Lidiane explica que o projeto tem dado a oportunidade de ensino da Química a partir das experiências, por meio de pesquisas científicas. O Investiga Menina! tem o recorte de gênero (meninas e mulheres) e de raça (negra). “Trabalhamos com uma perspectiva não eurocêntrica tanto é que os óleos que usamos para desenvolver a pesquisa em si são de plantas oriundas da África que vieram para o Brasil a partir da diáspora”, informa a docente. No momento, as pesquisas no Câmpus Anápolis têm envolvido óleo de babosa, óleo de gergelim e óleo de mamona. A partir desses óleos, serão desenvolvidos cosméticos destinados para cabelo ou pele negra. Os primeiros resultados serão divulgados em eventos científicos como o XI Simpósio de Química do IFG Anápolis, marcado para o mês de junho de 2025, e o 22º Conpeex - Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFG, que acontece em novembro deste ano.
Emanoelly Paixão é uma das estudantes bolsistas do projeto e destaca que o Investiga Menina! tem oferecido muitas oportunidades para as participantes atuais e afirma que isso a experiência se repetirá para o caso daquelas que ainda entrarão no projeto nos próximos dois ciclos. “Eu não fazia ideia do quanto a licenciatura em Química era importante até começar a fazer os projetos (científicos) e saber que o nosso tema ‘afrobotânica brasileira’ vai trazer muito mais diversidade e conhecimento para as pessoas”.
Equipe do projeto que atua no IFG Anápolis
PROJETO DESENVOLVIDO HÁ 15 ANOS
Projeto de pesquisa e extensão ligado ao Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão do Instituto de Química da UFG, o Investiga, Menina! está em desenvolvimento há 15 anos. O projeto ofertará, apenas no âmbito do Investiga, Menina!, mais de cem bolsas, atingindo um total de quase 1 milhão de reais.
O Edital 31/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério das Mulheres tem por objetivo apoiar projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no País, através do estímulo ao ingresso, à formação, à permanência e à ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação.
A chamada pública se dividiu em três linhas: Nacional, Regional e Individual. O Investiga, Menina! se insere na linha Regional, em que foram selecionados outros 45 projetos de todo o Brasil. Essa linha visa fomentar projetos em redes regionais, articulando grupos de pesquisa de diferentes instituições da mesma região.
O programa ofertará 105 bolsas de Iniciação Científica Júnior, destinadas a alunas do enisno fundamental II e ensino médio de escolas públicas; 12 bolsas de Iniciação Científica para universitárias; 21 bolsas de Apoio Técnico – Nível Superior (AT-NS) para professores e professoras que atuam na educação básica, em disciplinas como Matemática, Física, Química e Computação; bolsas de Apoio à Difusão do Conhecimento (ADC) e Bolsas de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) para pesquisadoras doutoras, atingindo um total de quase um milhão de reais. No total, O Edital aprovou 126 projetos, nas três linhas de pesquisa, atingindo R$100 milhões a serem investidos ao longo de três anos, sendo que a previsão é de que sejam concedidas, nesse período, entre 4.500 e 5.400 bolsas a meninas e mulheres, da educação básica ao doutorado.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Anápolis (com informações da Secretaria de Comunicação da UFJ e da página do CNPq)
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