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Reportagem Especial

Projeto Investiga Menina! promove inclusão de meninas negras na ciência

As pesquisas que estão sendo realizadas no Câmpus Anápolis estão sendo feitas com plantas de origem africana. Projeto é uma parceria da UFG, IFG e UFJ

  • Publicado: Terça, 27 de Maio de 2025, 10h43
  • Última atualização em Quarta, 28 de Maio de 2025, 09h25
Bolsistas do projeto Investiga Menina! do Câmpus Anápolis
Bolsistas do projeto Investiga Menina! do Câmpus Anápolis

 

Está em curso, no Câmpus Anápolis do Instituto Federal de Goiás (IFG), o projeto Investiga Menina!, que tem a liderança da Universidade Federal de Goiás (UFG) e parceria com o IFG e a Universidade Federal de Jataí (UFJ). O projeto foi um dos selecionados na chamada pública CNPq/MCTI/MMulheres nº 31/2023 – "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação", cujo objetivo é estimular a participação e a permanência de meninas e mulheres em carreiras nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Confira vídeo sobre o Investiga Menina! no Câmpus Anápolis, clicando aqui.

O projeto contempla a realização de três ciclos, sendo cada um com um ano de duração, começando em 2025. A cada ciclo, é selecionada uma turma de bolsistas de iniciação científica júnior. No Câmpus Anápolis do IFG, as aulas do primeiro ciclo tiveram início no dia 8 de março de 2025 e serão ministradas até fevereiro de 2026, aos sábados, no laboratório de Química. O Investiga Menina! tem atualmente 35 estudantes bolsistas sendo assim divididas: 25 com atuação na UFG; cinco no IFG – Câmpus Anápolis; e cinco na UFJ.

Liderado em Anápolis pela professora Lidiane de Lemos Soares Pereira, o projeto tem a coordenação geral da professora Anna Maria Canavarro Benite, da UFG, e a participação da professora Eveline Borges Vilela Ribeiro, pela UFJ. As bolsistas de iniciação científica júnior que atuam hoje no Câmpus Anápolis são: Emanoelly Paixão, Heloíza Máximo, Keville Costa, Keilyane Cristina e Wemilly Rodrigues. Todas são estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, parceiro do IFG. Pela mesma escola, o projeto conta com a colaboração do professor de Química Rodrigo Alexandre Ferreira, que é bolsista de apoio técnico do Investiga Menina!. Em Anápolis, a estudante de licenciatura em Química Isabelle Lima completa a equipe, atuando como bolsista de iniciação científica do projeto.

 

PESQUISA COM PLANTAS DE ORIGEM AFRICANA

A professora Lidiane explica que o projeto tem dado a oportunidade de ensino da Química a partir das experiências, por meio de pesquisas científicas. O Investiga Menina! tem o recorte de gênero (meninas e mulheres) e de raça (negra).  “Trabalhamos com uma perspectiva não eurocêntrica tanto é que os óleos que usamos para desenvolver a pesquisa em si são de plantas oriundas da África que vieram para o Brasil a partir da diáspora”, informa a docente. No momento, as pesquisas no Câmpus Anápolis têm envolvido óleo de babosa, óleo de gergelim e óleo de mamona. A partir desses óleos, serão desenvolvidos cosméticos destinados para cabelo ou pele negra. Os primeiros resultados serão divulgados em eventos científicos como o XI Simpósio de Química do IFG Anápolis, marcado para o mês de junho de 2025, e o 22º Conpeex - Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFG, que acontece em novembro deste ano.

Emanoelly Paixão é uma das estudantes bolsistas do projeto e destaca que o Investiga Menina! tem oferecido muitas oportunidades para as participantes atuais e afirma que isso a experiência se repetirá para o caso daquelas que ainda entrarão no projeto nos próximos dois ciclos. “Eu não fazia ideia do quanto a licenciatura em Química era importante até começar a fazer os projetos (científicos) e saber que o nosso tema ‘afrobotânica brasileira’ vai trazer muito mais diversidade e conhecimento para as pessoas”. 

Equipe do projeto que atua no IFG Anápolis

 

PROJETO DESENVOLVIDO HÁ 15 ANOS

Projeto de pesquisa e extensão ligado ao Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão do Instituto de Química da UFG, o Investiga, Menina! está em desenvolvimento há 15 anos. O projeto ofertará, apenas no âmbito do Investiga, Menina!, mais de cem bolsas, atingindo um total de quase 1 milhão de reais.

O Edital 31/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério das Mulheres tem por objetivo apoiar projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no País, através do estímulo ao ingresso, à formação, à permanência e à ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação.

A chamada pública se dividiu em três linhas: Nacional, Regional e Individual. O Investiga, Menina! se insere na linha Regional, em que foram selecionados outros 45 projetos de todo o Brasil. Essa linha visa fomentar projetos em redes regionais, articulando grupos de pesquisa de diferentes instituições da mesma região.

O programa ofertará 105 bolsas de Iniciação Científica Júnior, destinadas a alunas do enisno fundamental II e ensino médio de escolas públicas; 12 bolsas de Iniciação Científica para universitárias; 21 bolsas de Apoio Técnico – Nível Superior (AT-NS) para professores e professoras que atuam na educação básica, em disciplinas como Matemática, Física, Química e Computação; bolsas de Apoio à Difusão do Conhecimento (ADC) e Bolsas de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) para pesquisadoras doutoras, atingindo um total de quase um milhão de reais. No total, O Edital aprovou 126 projetos, nas três linhas de pesquisa, atingindo R$100 milhões a serem investidos ao longo de três anos, sendo que a previsão é de que sejam concedidas, nesse período, entre 4.500 e 5.400 bolsas a meninas e mulheres, da educação básica ao doutorado.

 

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Anápolis (com informações da Secretaria de Comunicação da UFJ e da página do CNPq)

 

 

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